Não sei se o hype apreensivo em torno do lançamento de Watchmen, o filme, se restringe somente aos fãs da graphic novel e de quadrinhos em geral, embora me encha de esperanças ouvir amigos e conhecidos que só tomaram contato até agora através do trailer do filme, demonstrarem um interesse empolgado. Não é só um trailer excelente nesse aspecto, toda a campanha de lançamento do filme está impecável, mesmo que as mudanças anunciadas na adaptação até agora tenham provocados ataques histéricos prós e contras (a constar, eu fui um dos que tiveram chilique ao ver os uniformes, até digerir aquilo e tentar entender não dentro do contexto da graphic novel em si, mas das adaptações de super-heróis pro cinema - e Ozymandis como um personagem de um filme de Joel Schumacher até que faz sentido).
Se o grande trunfo de Watchmen, a graphic novel, é criar um painel detalhado e profundo de um 1986 alternativo através de detalhes mínimos e de "extras" no final de cada capítulo, no filme este papel vem sendo cumprido pela campanha promocional: não é simplesmente genial a idéia de criar um arcade oitentista dos Minutemen? Uma opção para matar horas ociosas no trabalho, se eu as tivesse.
5 comentários:
Não joguei ainda, mas pela imagem, o jogo é montado em cima do Streets of Rage do Mega Drive.
Streets of Rage, ultraclássico... Jogar com a Blaze e chamar a polícia pra jogar uma rajada de fogo sobre os bandidos.
Nossa, nunca joguei Streets of Rage (eu era uma criança mais Nintendo).
(também eu fui uma criança mais nintendo)
Samir, sobre essa coisa dos uniformes, eu não sei não. Ok que o que está sendo feito é competente e pertinente em torno dos filmes dos supe-heróis (Joel Schumacher, e não é que é o estilão!?), mas eu sou bem relutante em enxergar isso de forma absolutamente positiva.
São concessões. O filme não venderia de outra forma, não teria apelo comercial de outra forma - e isso não significaria que seria um filme ruim. Claro, também não quer dizer que seria bom, nem "melhor".
Mas quando uma grande, gigantesca, hiperbólica produção, com muito, muito, muito dinheiro é realizada sobre um trabalho qualquer, autoral, isso já me deixa preocupado.
Ainda que os valores, algo da estética, discussões que existem no quadrinho tenham entrado para o Hall do pensamento contemporâneo médio (ou que o caminho para isto já esteja aberto) - e ainda que o quadrinho possa estar realmente próprio de um linguagem cinematográfica desse porte - o diretor vai se preocupar em fazer um filme que não desgrace a sua carreira: e isso significa encher o bolso das produtoras e distribuidoras.
Claro que um diretor competente (e valente, precisa ser valente o sujeito!) saberá não destruir o filme por conta de exigências de produtores, distribuidores, detentores de direitos, fãs do original e grande público. Especialmente quando ele já ganhou a credibilidade da maioria deles, como é o caso.
Sei que vão me recriminar por essa frase: mas veja Christofer Nolan! Olhe "Memento" e olhe o novo "Batman"!!!!!!! Isso são trabalhos de um mesmo diretor?! Não quero parecer fundamentalista, mas veja: o Terry Gilian, por exemplo, frequentemente oscila entre dois tipos de filme. Os dele e os das produtoras (que ele faz pelo dinheiro).
Brazil é um filme dele. Irmãos Grimm das produtoras. Tideland é um filme dele. Não preciso dizer quais são bons e qual é uma droga.
Bom... sei lá.
Vamos torcer para que o filme não seja decepcionante (já que o MKT está prometendo tanto!)
Luiz
Luis: a longa lista de trailers que foram melhores do que os filmes que prometiam é grande o bastante para dar medo, mas eu me sinto otimista ainda.
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