terça-feira, 4 de maio de 2010

Fantasma de leituras passadas (2)

A segunda pessoa que me mandou uma lista de sugestões de leitura lá nos idos de 2008 foi a Lu Thomé. Mas meu nível de aproveitamento da lista dela foi bem menor, apenas 4 dos doze sugeridos. Bem provável que uns dois ou três sejam lidos ainda esse ano, conforme eu me desviciar do video-game e voltar à ler mais.



A hora da estrela, de Clarice Lispector
Lu: Não é meu preferido dela. Mas como tens que começar por algum (sem preconceito, Samir, tem que ler!), pensei nesse.
Samir: Não é preconceito, mas não sei o que dizer do porquê que eu nunca tive lá muito interesse por Clarice. Tantas pessoas me pressionaram que já me decidi a ler, agora é só questão de tempo.

Primeiro amor, de Samuel Beckett
Lu: Uma novela dolorida e reflexiva, como tudo o que Beckett faz.
Samir: nunca li nada do Beckett. Nem sei o que devo esperar de um livro dele. E pra ser bem sincero, quase comprei esse livro unicamente pq a edição da Cosac Naify é linda.

A relíquia, de Eça de Queiroz
Lu: Eu demorei a engrenar, mas este foi um dos livros que li antes dos 20 e que nunca me esqueci.
Samir: acho que li um ou dois contos de Eça de Queiroz, no máximo, mas de resto, segue na fila.

Café-da-manhã dos campeões, de Kurt Vonnegut
Lu: Lê, lê, lê. Inteligente, ácido e engraçado. Muito.
Samir: como disse no post anterior, acabei comprando o Matadouro 5, que não li ainda, e segue na fila. Não tem um filme com o Bruce Willis, desse livro?

Dentro do olho dentro, de Altair Martins
Lu: Um dos mestres do conto pra mim. E este livrinho, muito pequeno, diz mais que livrões.
Samir: Estou só esperando a Lú me emprestar.

Os lados do círculo, de Amílcar Bettega Barbosa
Lu: Gosto desse e do Deixe o quarto como está. Para complementar a seção contistas gaúchos.
Samir: idem ao anterior.

O perdido, de Han-Ulrich Treichel
Lu: Nossa, que final... Fico sem fôlego só de lembrar.
Samir: Esse, na real, eu já tinha lido antes mesmo da Lu me fazer a lista. Ela deve ter esquecido, mas foi uma sugestão de leitura do Assis Brasil nos tempos da oficina (onde eu e a Lú fomos colega, e onde inclusive conhecemos o autor pessoalmente, que veio a Porto Alegre numa feira do livro de uns cinco anos atrás). O final é realmente ótimo e me lembrou muito Kafka. O livro seguinte desse alemão, O acorde de Tristão, teve grande influência no meu primeiro livro, O Professor de Botânica. (e depois disso Treichel nunca mais teve nada publicado em português, não sei o motivo).

A coleção particular, de Georges Perec
Lu: É a enganação mais perfeita em que já caí. Adoro.
Samir: Li ano passado, emprestado da própria Lu. E li logo depois de ler Bartleby e Cia. do Vila-Matas, o que me deu a forte impressão de conexão entre os dois (não sei se há). Mas esse foi muito mais interessante e divertido pra mim. E o conto que vêm deppois, igualmente.

Extremamente alto e incrivelmente perto
, de Jonathan Safran Foer
Lú: Saudades infinitas do Oskar.
Samir: De tanto insistirem, lerei em breve. E antes que saía o filme.

Bonequinha de luxo, de Truman Capote
Lu: Um dos textos mais perfeitos que já li. No sentido de perfeição mesmo. E na edição nova, tem um conto lindo.
Samir: Li esse ano, emprestado da própria Lu. Gostei bastante, ainda não vi o filme pra fazer comparações inevitáveis. A edição que a Lú se refere, da Companhia das Letras, vem com outros três continhos. Dois são meio pé-no-saco, mas o terceiro é sensacional, com uma franqueza de sentimentos que eu pouco vejo.

Bartleby, o Escrivão, de Herman Melville
Lu: prefiro não dizer nada. Vai ler!
Samir: li ano passado, mas logo em seguida li o Moby Dick, que meio que ofuscou na minha cabeça o impacto desse aqui. O mais assustador é pensar que conheci gente com a mesma imobilidade bovina de Bartleby, embora, claro, não em tal grau.

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