Pensei um pouco antes de escrever sobre Transformers 2. Quero dizer, qual o objetivo disso? O filme vai fazer rios de dinheiro de qualquer modo, nada do que eu venha a dizer vai impedir que uma multidão de adolescentes e publicitários vejam o filme, e eu não atualizo o blog a quase um mês, se fosse para falar de um filme, deveria falar de um com algo mais a dizer do que "dãã" (A Partida, que vi em pré-estréia e deveria ter estreado a uma semana em Porto Alegre, seria uma boa opção).
Sabe uma criança de cinco anos brincando com carrinhos e dizendo “bum!”? Agora imagina que essa criança é mimada, daquelas que gritam e atiram coisas quando ficam irritadas, e que gosta de destruir brinquedos e derrubar panelas. Agora imagine que você tem que aturar essa criança por quase três horas. Foi assim que me senti assistindo esse fime.
Ok, não vou entrar no mérito da questão de sentido da história (como os Transformers podem ser parte de algum tipo de operação secreta, depois daquela luta na frente de todo mundo no meio da cidade no final do primeiro filme, porque o vilão está tão preocupado em ligar uma máquina do fim do mundo se a única coisa que liga ela não está lá, porque diabos um robô precisa ter testículos metálicos, como o exército americano entra em qualquer país do mundo quando bem quer). É que... é que... argh. Eu sabia, pelo trailer, que seria uma tremenda bobagem, mas não achei que fosse ser um filme tão retardado assim. Tão, mas tããaaaaao retardado assim. Como se um novo paradigma tivesse sido alcançado, e talvez (como sugeriu o Roger Ebert) Transformers 2 será estudado em cursos de cinema como o marco inicial de alguma forma de cinema abstrato que ainda não conseguimos compreender. E o pior é ler entrevistas com o Michael Bay onde ele realmente acredita ser um diretor fenomenal.
O filme faz tanto sentido quanto o design dos robôs (são quarenta e seis em cena, só lembro de quatro), todo mundo corre para todo lado e coisas explodem o tempo todo com a previsibilidade típica de um filme do gênero, que só posso imaginar que, pra se surpreender com o filme do modo como ele pretende, é preciso ter uma cabeça tão pequena quanto a dos robôs.
Aqui vai o texto do Roger Ebert. Para ler um comentário apavorado em português, o texto do Kléber Mendonça Filho é sugestão.
Um comentário:
É engraçado. Nesse ano acho que não vi nenhum filme do gênero - star trek, terminator e agora o transformers. Não porque não goste ou não queira, mas porque minha mulher não quer ir junto.
Afff....
Aguarde meus comentários em 8976235 anos, quando eu baixar e assistir.
Postar um comentário