segunda-feira, 9 de março de 2009

Watchmen

Tive minha cota de chiliques nerds ao longo dos últimos meses acompanhando notícias sobre a produção de Watchmen – O Filme (nota nada-a-ver: nada como o ar grandioso que o subtítul "o filme" pode dar à produções vindas originalmente de outras mídias nem sempre muito respeitadas, como televisão ou, no caso, quadrinhos. O último que me lembro de ter esse subtítulo foi "Power Rangers - O filme". Hm... Curiosamente, ninguém colocaria isso numa adaptação literária. "Onde os fracos não tem vez - o filme"?).
Mas enfim, voltando à Watchmen, no fundo não sou tão xiita a ponto de me estressar com mudanças que, no final das contas, não fizeram tanta diferença assim. O filme me ganhou já na cena de abertura (acredite, eu nunca tinha escutado The Times They Are A-Changing), e a trilha sonora é uma das melhores partes, mesmo que nem sempre funcione (mas ao menos pra mim, Sound of Silence e All along the Watchtower funcionaram). No final das contas, o número de coisas a reclamar é menor do que a elogiar. Certamente, não houve uma cena de luta que não fosse desnecessária, e a cara de playboy arrogante do Ozymandias do filme não combina com o personagem dos quadrinhos, que era desenhado com uma eterna cara de dor, como se estivesse com pena do mundo. Ok, nerdices de fanboy. Jackie Earle Haley e sua voz roubada do Clint Eastwood casaram bem com Rorschach, e para alegria do muito exigente e macho público nerd, as balançantes jóias-de-família do dr. Manhattan foram mantidas à mostra. Nada família, esse filme de super-heróis que não são tão heroicos assim, irá pensar o público desavisado.
Me pergunto se o filme não ficou meio difícil pra quem não sabe bulhufas do que seja Watchmen, levei comigo o Rosp ele gostou do filme, mesmo não tendo entendido algumas partes. No geral, concordo que poderia ter sido melhor, também poderia ter sido pior, mas a possibilidade de um grande público sair do cinema interessado em ler a obra original já vale a existência do filme. E sim, pretendo ver mais de uma vez.

12 comentários:

Luiz Falcão disse...

Devo confessar que eu estava bastante resistente a idéia do filme.... mas que agora estou esperançoso, depois de ter visto os últimos trailers e ter lidos as últimas notícias.

eu não li o quadrinho. Vamos ver se eu serei capaz de entender tudo!

vamos ver....

abs

Samir Machado disse...

Não leu Watchmen??? Herege! hehehe.

Bem, não tem leitura que eu poderia recomendar mais.

DanielHDR disse...

É bem por aí, meu amigo!
Quando puder, leia e comente meu ponto de vista do lançamento tbem la no meu blog!

Anônimo disse...

Opa!
Levaste o Rosp junto? hehe
Legal!

Concordo sobre tua colocação quanto ao Ozymandias. Ele ficou com aquela cara de "vilão" durante o filme todo.

Eu também pretendo assistir outra vez.

E ontem já iniciei mais uma releitura da HQ...

Putz, e como é bom aquilo, cara!
É ótimo poder constatar isso a cada leitura.

Outra coisa que lembrei: lá na cena onde ocorrem as milhares de mortes, mostra o tio da banca e o guri que lê os Contos do Cargueiro Negro, e eles se abraçam, como na HQ, e até aquela silhueta se forma. Pra quem não leu, isso passa batido. Não compromete, mas passa batido. Mas eu curti :D

Samir Machado disse...

Zé, pretendo ver de novo o filme ainda essa semana. Deve ter milhares de referencias a coisas que não foram aprofundadas que devem passar batido pro espectador comum, mas eu também curti muito esses detalhes.

DanielHDR disse...

E não se arrependa por não ter câmera no celular, amigo. Logo deve sair a versão DVD SUPREMUM +HUGE MATAFACKER :) do filme, pra esvaziar nossos bolsinhos ;)

Anônimo disse...

Quando eu fui não tinha ninguém fantasiado. Droga.

Mas tinha um fanboy do meu lado falando palavrões cada vez que um detalhe era diferente do original.

Pra mim funcionou muito bem.

Unknown disse...

Definitivamente, tua observação sobre o Ozymandias concentrou tudo o que eu imaginei quando vi não só aquele cabelo medonho, mas aquela interpretação tão somente esnobe.

Samir Machado disse...

É o que dá terem contratado o Pedro Cardoso pro papel.

Anônimo disse...

E sobre o Ozymandias, cheguei a imaginar que fosse alguma falha de orientação ao ator, ou problema de direção, mas creio que esse caráter dado ao personagem foi proposital, mesmo. Só não sei o motivo!

Na abertura, inclusive, mostra o Ozymandias em frente ao Studio 54, junto com Village People, David Bowie como Ziggy Stardust, além do Mick Jagger, onde ele cumprimenta estes dois últimos. Sem querer entrar em polêmica, mas estas figuras são, vamos dizer, sexualmente indefinidas, andróginas (notadamente Ziggy Stardust e Mick Jagger em certo momento), o que não deixa de ser também uma característica do personagem Ozymandias no filme, pelo menos foi a impressão que tive. Ele não parece ser o atleta que é na HQ. Agora, por que razão o Zack Snyder quis mostrar o personagem com este aspecto, é que não entendi.

Samir Machado disse...

Não tenho certeza, mas acho que o Rorschach chega a cogitar a possibilidade do Ozymandias ser gay, numa menção rápida, num quadrinho.

Anônimo disse...

É, tem um quadrinho que ele faz isso, sim.
Então o Zack Snyder deve acreditar bastante no Rorschach.

Ou não.
Enfim...

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