
Tudo isso pra dizer que Comandos em Ação desempenharam um papel afetivo tão pertinente na minha vida, que dificilmente eu sairia frustrado desse filme. Não que o filme seja bom, pelo contrário.
O filme é muito ruim.
Mas (um longo "mas"), ao contrário de Transformers 2 (um filme tremendamente arrogante e mimado, e eu ainda não encontrei ou não inventaram o adjetivo certo que defina esse filme), G.I.Joe é um filme ruim facilmente definível: o clássico roteiro absurdo e cheio de furos, atores desconhecidos despontando para a canastrice (Channing Tatum, de que buraco brotou você? Futuro astro de ação de filmes direto-para-vídeo?), efeitos especiais duvidosos e direção desconjuntada e sem ritmo (o uso desnecessário de flashbacks acaba criando um efeito tão cômico que cheguei a pensar que qualquer zé mané que cruzasse a tela teria um trauma do passado pra exorcizar em vinte segundos). Refilmaram Team América em live-action sem entender que era pra ser uma comédia. É tão fácil listar as falhas do filme, que não vejo sentido em fazer isso. O diretor parece ter um absoluto desconhecimento dos clichês mais batidos de qualquer filme de ação dos últimos vinte anos, e os filma como se fossem grande novidade. Ou seja, G.I. Joe carinhosamente se encaixa na categoria do filme ruim cafona - para uma categorização dos filmes ruins, podemos listar o medíocre (Wolverine, por exemplo), o desastre-da-pretensão-artística (The Spirit), o sem-talento-para-tanta-pretensão (qualquer filme do Michael Bay), entre outros).
Então, por mais que eu tenha achado o filme ruim, não saí irritado do cinema, como geralmente acontece nesses casos. Fiquei pensando que, se eu tivesse 10 anos, teria sido o filme da minha vida – como quando fui no cinema com meus pais assistir Mestres do Universo (1987, seis anos) e achei o melhor filme de todos os tempos da história do mundo (até porque foi o primeiro com “pessoas-de-verdade” que assisti num cinema) – opinião que mudaria dois anos depois, quando assisti o primeiro Batman.
No final das contas, fico pensando se um filme de ação B como G.I.Joe não está honrando melhor o material de origem do que se tivessem feito desse filme um outro Cavaleiro das Trevas.
10 comentários:
samir, poucos tem tua habilidade de lembrar e descrever a própria infância!
quanto ao filme, já consegue ser cafona desde o título "GI JOE - The Rise of Cobra" hehehehe no Brasil pelo menos podiam ter deixado Comandos em Ação.. bem melhor q GI Joe. validaria um pouco mais a sessão hehe
Penso como terá sido em Portugal, que tende a preferir titulos mais literais. "G.I. Joe: o Erguer da Cobra"? Ou "G.I. Joe: a Cobra levanta?"
Eu também brinquei muito com os bonecos dos Comandos em Ação durante a minha infância e essa caraga nostálgica poderia muito bem ter influênciado minha impressão sobre o filme. Mas o efeito foi totalmente oposto a esse... eu achei o filme ruim em todos os aspectos que poderia!
Só tem uma cena que eu posso dizer que achei mais ou menos.. e olhe lá! Ela nem é tanto assim... O filme é fraco, tem efeitos especiais ruins, atores péssimos e uma direção completamente perdida no ritmo! Nem a trilha colnsegue arrancar um pouquinho de emoção! Mas também não me arrependo de ter visto o filme porque é só vendo esse tipo de filme que a gente para para valorizar aqueles que relmente fazem valer o ingresso!
Estranho seria se tu gostasse, né? (In)felizmente a gente cresce e vê certas coisas com outros olhos. Mas acho que sempre foram assim, na real. Esses dias reassisti Pretty in Pink do John Hughes e achei uma bomba.
Poisé, tenho medo de reassistir alguns favoritos de infância e adolescência e perder a boa imagem que tinha deles por isso. Mas há filmes que se mantém.
É, o Ferris continua divertido. :)
Ops, o Pretty in Pink não foi dirigido pelo Hughes, "só" escrito.
Três conclusões sobre o filme do GIJOE:
- É um filme pra crianças;
- As vezes subestimam as crianças;
- Me deu medo com o que podem querer fazer com um possível filme dos Thundercats;
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