quarta-feira, 13 de julho de 2011

Peru - Dia 1 - Lima

Querido diário,
Vencida a fase do vulcão e fase da neblina, o vôo foi bem tranquilo e saiu no horário. No avião passou uma dramédia com Zach Galiafnakis e o guri de United States of Tara internados num hospício, mas não estava com saco de assistir e fiquei lendo o Guerra dos Tronos que o Gui me deu de aniversário).
Chegamos em Lima. Primeiras impressões: toda cidade parece igual na saída do aeroporto. Tenho o costume de abrir o vidro do carro pra sentir os ares locais, mas o resultado foi uma descarga de um caminhão. O táxista era um senhor muito querido com o hábito irralente local ao Diário Gaúcho (em pauta: futebol, violência e mulher pelada, no caso, Larisa Riquelme). O dia está nublado e frio, o plano de almoçar ceviche foi adiado para amanhã. O hotel até agora parece bem descente, e o recepcionista foi atencioso. Como chegamos cedo em função do fuso horário, o quarto não estava pronto ainda, largamos as malas e fomos procurar pelo shopping Larcomar, que até onde sabíamos ficava na beira da praia. Chegamos à beira do penhasco e nada de shopping à vista. Foi só depois de algum tempo que percebemos estar em cima dele, pois o Larcomar foi construído dentro dos rochedos.


Como minha irmã e eu somos irremediavelmente urbanos, a primeira coisa que fazemos ao chegar numa cidade nova é descobrir onde ficam os shoppings. O toque local ficou por conta da nossa primeira refeição peruana, no Bembo's, "o McDonald's do Perú" (ou o Pampa Burguer daqui, se preferir). Não sei dizer o que havia nos hamburguers, e não entendi as explicações da vendedora. Para acompanhar, Inca Cola (diet). Tem gosto de tutti-frutti (ou de chiclete, se preferir).

A tarde, exploramos o bairro de Miraflores, com nossos típico deslumbre provinciano ao entrar num supermercado e ver aquele monte de coisas diferentes que não tem lá em casa. Visitamos lojas de artesanato que oscilavam entre o brega e o cafona sem passar pelo kitsch, e meio à opulênscia over de diversos cassinos. Não que eu esteja tentando incorporar aqui aquele narrador-personagem viajante-mal-humorado de um livro do Bernardo Carvalho, mas num primeiro momento, Lima não me empolgou muito. O jantar se deu numa sanduicheria local, o La Lucha. Boa, barata e com atendentes muito simpáticos, em frente à praça Kennedy. Os peruanos em volta estavam todos hipnotizados, havia um jogo da seleção em andamento (contra o Chile, creio). No caminho de volta ao hotel, já a noite, encontrei uma churreria (pq não se tem disso em Porto Alegre, raios?), provei um de doce de leite, que aqui, por algum motivo, chamam de "manjar blanco".

Esse post escrevi meio na pressa. Meus pés doem e eu passei a maior parte do dia com fome. Amanhã (quarta) iremos fazer turismo histórico de fato, então é provável que meu humor melhore.

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