sexta-feira, 29 de julho de 2011

Leituras do 1º semestre

"Olha, mãe, tudo o que eu li nesse semestre". Mas também pode servir para puxar assunto na falta de outros mais interessantes (videogame, por exemplo) ou fazer algumas recomendações, tipo:
1) ler Burroughs foi uma experiência curiosa, mas depois do terceiro livro, cansei das obsessões anais pós-apocalípticas dele por um bom tempo (embora não diga que não venha a ler The Western Lands num futuro próximo) - a parte faroeste de Place of dead roads é interessante, a parte espacial é um porre;
2) os dois livros que mais me impressionaram nesse semestre foram a biografia de Hitler e o Bambi de Felix Salten, onde encontrei mais pontos de convergência do que imaginava;
3) ainda não sei dizer o quanto o livro do Kazuo Ishiguro e o do Michel Laub mexeram comigo, mas elementos de ambas as obras volta e meia me retornam à cabeça; Não me abandone jamais (o filme também é interessante) e Diário da Queda são duas leituras que eu recomendaria muito,
4) Os bêbados e os sonâmbulos foi minha primeira decepção com Bernardo Carvalho até agora; mas ainda tenho Mongólia, Filho da Mãe e O sol se põe em São Paulo num pedestalzinho,
5) por último, metade do que li foram aqueles penguin mini classics, e me ocorre que o formato (livrinhos de bolso de no máximo 100 páginas com três continhos ou uma novela curta de cada autor) foi uma forma perfeita para tomar contato com autores que, via de regra, eu levaria um bom tempo até me animar a ler um livro inteiro. O maior prazer foi descobrir E.M Forster e Ian Fleming assim.


Não me abandone jamais, Kazuo Ishiguro (Companhia das Letras)
A guerra de Alan, Emmanuel Guibert (Zarabatana)
Cicatrizes, David Small (Barba Negra)
Almanaque do Cinema, Erico Borgo, Marcelo Forlani e Marcelo Hessel (Ediouro)
Hitler, Ian Kershaw (Companhia das Letras)
Os bêbados e os sonâmbulos, Bernardo Carvalho (Companhia das Letras)
Maus, Art Spiegelman (Quadrinhos na Cia.)
O Sonhador, Ian McEwan (Rocco)
Bambi - A life in the woods, Felix Salten (Aladdin Books)
Diário da Queda, Michel Laub (Companhia das Letras)
O Coração das Trevas, Joseph Conrad (L&PM)
Um retrato do artista quando jovem, James Joyce (Alfaguara)
The place of dead roads, William S. Burroughs (Picador)
Children on their birthdays, Truman Capote (Penguin Pocket Classics)
The door in the wall, H. G. Wells (Penguin Pocket Classics)
The color out of space, H. P. Lovecraft (Penguin Pocket Classics)
Bando de Dois, Danilo Beyruth (Zarabatana)
The land that time forgot, Edgar Rice Burroughs (ACE Books)
Shadow Knights - The secret war against Hitler, Gary Kamiya (Simon & Schuster)
The Living Daylights, Ian Fleming (Penguin Pocket Classics)
Filboid Studge, the Story of a Mouse That Helped, Saki (Penguin Pocket Classics)
The Machine Stops, E. M. Forster (Penguin Pocket Classics)
Três Sombras, Cyril Pedrosa (Quadrinhos na Cia.)
Mundo Fantasma, Daniel Clowes (Gal Editora)
O sino das horas, Paulo Squeff Nascimento (Edições EST)

10 comentários:

Tuca. disse...

Sempre visito o SobreCapas, mas nunca tinha entrado neste blog, acho.

Eu ACABEI de ler o Os bêbados e os sonâmbulos e ele também me decepcionou. Eu pensei em abandonar na página 95, mas ainda bem que não o fiz: a parte dos Executivos meio que dá uma subida de nível. Continuo fã do BC. Tinha decidido que o feriado seria gasto com os livros dele que me faltam ler, depois de ter adorado O sol se põe em São Paulo. Os bêbados e os sonâmbulos me desanimou um pouco (ele faz algo parecido, mas MUITO melhor em Teatro), mas Onze está muito bom, tipo megabom. Depois desse, só me faltará Mongólia, As iniciais, Aberração e O mundo fora dos eixos (não-ficção).

Também curti ler o do Ishiguro e o do Laub no primeiro semestre (viciei no estilo desse último e li tudo do cara, inclusive um de contos antigaço). Também sou viciado no Chabon, mas isso já comentei no SobreCapas.

Cliquei na tag Listas e pude conferir tua lista do ano passado. O filho da mãe e O barão nas árvores (o primeiro figurou até na lista final http://oleitorcomum.blogspot.com/2010/12/reconhecimento-de-padroes.html ; o segundo já tinha aparecido em post específico).

Acho que isso é tudo. Abraço!

Samir Machado disse...

Oi Tuca,
Pois é, eu li o Teatro depois de ter lido Os Bêbados e os Sonambulos, o que recuperou meu fôlego pra ler mais. Eu gosto muito de Filho da Mãe e O Sol se Põe, mas de todos, é Mongólia o que mais tem crescido pra mim com o tempo.
E bom saber que o Onze é bom, quero continuar lendo BC, mas tava em dúvida sobre qual o proximo a procurar.

Tuca. disse...

O Mongólia já está aqui do lado, na pilha "Next!". Eu teria terminado de ler todos (que tinham nas bibliotecas, o que exclui As inicias e o de não-ficção) nesse feriadão se não tivesse chegado aqui em casa o último do Michael Cunningham, que tive que devorar (entre os autores de que mais gosto, há essa trindade do C: Carvalho-Chabon-Cunningham).

Quando ler, comento contigo sobre o que achei. Abs.

Samir Machado disse...

Curioso... gosto do As Horas (o filme), mas nunca fui atrás de nada do Cunningham (a Carol Bensimon gosta bastante, acho que me falou de algum dele alguma vez). Se for um padrão, que leitor de Bernardo Carvalho e Chabon goste, então talvez eu goste também. Qual o último dele que tu leu, o After Dark? Um amigo meu tava atrás desse livro pra ler. É bom?

Samir Machado disse...

Digo, By Nightfall. After Dark é o do Murakami, mas acho que os dois ficaram com o mesmo título em portugues.

Tuca. disse...

Eu acho que talvez seja, sim, apesar dos três serem bem diferentes. Em comum, acho que, além de escreverem muito bem, eles têm a inicial do sobrenome, hahaha.

Na real, parando pra pensar, talvez haja um tema em comum, que aparece mais forte ou indiretamente, mas sempre (dos que li): sempre há algum personagem homossexual. Mas não sei se isso serviria como "temática" e/ou fio condutor.

Do Murakami só li e tenho quase certeza que uma obsessão está surgindo. E, sim, é o "Ao anoitecer", cuja capa é BEM bonita.

(btw, entendo os seus problemas com a capa do Associação judaica de polícia - e, pelo que li aqui o blog, com a orelha e tal - mas ainda assim curto bastante ela, hahaha, os floquinhos de neve e tal)

Tuca. disse...

Complete a frase:

"Do Murakami só li __".
R.: dois

Tuca. disse...

Ah, quando sair resenha do Ao anoitecer te aviso (mando via twitter, sei lá). Já posso adiantar que eu curti pacas,

Anônimo disse...

:)

Tuca. disse...

Conforme prometido:

http://oleitorcomum.blogspot.com/2011/09/tudo-que-uma-capa-pode-dizer.html

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